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    negócios

    Regulamentação dos meios de pagamento: o que há de novo?

    25 de agosto de 2020
    Por Redação Zoop
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    A indústria de meios de pagamento eletrônicos tem sido regulamentada com frequência. E as operadoras desse sistema, nos mais diversos níveis, sempre devem estar atentas a essas mudanças.

    A regulamentação dos meios de pagamento visa otimizar todas as etapas do processo financeiro, além de trazer mais segurança para as transações eletrônicas, que já fazem parte do dia a dia dos consumidores de todo o Brasil.

    E com as atualizações mais recentes do Banco Central, o mercado tem a ganhar em termos de competitividade. Com isso, a taxa de crescimento do segmento, que já é considerável, pode crescer ainda mais.

    Mas essas diretrizes também apresentam a necessidade de comprometimento.

    Uma recente determinação do Bacen atribuiu mais responsabilidades às bandeiras de pagamento.

    Essa nova regulamentação dos meios de pagamento muda parâmetros, atribuindo ao instituidor do arranjo de pagamento a responsabilidade da transação em todos os níveis, desde o momento inicial até o recebimento do valor financeiro dessa operação.

    Neste episódio do Papo na Nuvem, Ida Nuñez conversa com Mareska Tiveron (VP de Legal Compliance da Zoop), William Takamura (Head de Regulatory Compliance da Mastercard) e Gustavo Noman (Diretor de Relações Governamentais da Visa) sobre as mudanças provocadas com a regulamentação dos meios de pagamento e os desafios que essas alterações do Banco Central trazem para essa indústria.

     

    Mais segurança com a nova regulamentação dos meios de pagamento

    Atribuindo à bandeira de cartão o controle sobre todos os níveis da transação, o Banco Central espera aumentar a segurança dessas operações financeiras, tentando evitar também transações ilegais, desde empréstimos pessoais disfarçados de compras no cartão de crédito até as operações de lavagem de dinheiro.

    Com a pulverização do mercado de pagamentos, impulsionada pelo crescente número de subcredenciadores, as medidas regulatórias podem trazer mais eficiência e credibilidade, como observou William Takamura:

     

    A gente vai fazer o mercado ter mais controle, vai crescer melhor por causa disso. E, obviamente, ninguém na indústria quer pessoas que estejam fazendo coisas erradas transacionando. Então, acho que em curto e médio prazo, começaremos a ter um controle e uma separação entre os que são corretos, sérios, e estão trabalhando efetivamente para o bem da indústria

     

    É o fim do dinheiro?

    Tradicionalmente um país que preferia realizar transações em papel-moeda, o Brasil vem entrando agressivamente no mercado de pagamentos digitais, promovendo uma verdadeira digitalização do dinheiro, o que também justifica uma melhor regulação desse setor.

    Com a pandemia e o isolamento social, esse processo ficou ainda mais acelerado, e o crescimento impulsionado pelo contexto atual é muito bem observado por Gustavo Noman, que colocou:

     

    As pessoas estavam acostumadas a receber em dinheiro e por isso, fazer seus pagamentos em dinheiro também (…). Por conta da Covid-19, o que a gente tem visto é que há uma aversão a esse papel, e os meios eletrônicos começaram a crescer. Temos visto o aumento do uso de cartões sem contato, muita gente nova no e-commerce, porque não tinha outro jeito

     

    A era de ouro dos pagamentos digitais

    Com a expansão agressiva do mercado, podemos observar o avanço do mercado de pagamentos digitais em direção às periferias.

    Se antes ele era atrelado a uma classe consumidora pertencente a determinados centros urbanos, hoje, a modalidade vem se tornando uma realidade, especialmente impulsionada pela experiência positivas dos usuários.

    Mareska Tiveron compartilhou um pouco da sua larga experiência no setor e fez uma análise sobre o cenário:

     

    Teremos uma curva de modificações e uma intensidade de mudanças e revoluções neste momento que estamos vivendo, de 2020 para frente, que considero relevante. Ainda mais pensando que coincide com o momento de muito incentivo do regulador para empoderar o usuário, que é o dono do dado

     

    Para ela, é isso também o que está por trás do Open Banking: a vontade de democratizar e de tornar o sistema financeiro acessível, tanto para novos players quanto para uma maior inclusão de desbancarizados.

    Essas transformações estão em curso, mas já são visíveis no nosso comportamento financeiro.

    Seja para gerenciamento de recursos, seja para pagamentos e compras, as regulamentações dos meios de pagamento promovidas pelo Bacen são um movimento que visa atender as demandas do usuário e também do operador, ampliando as possibilidades de negócios.

    Vale a pena conferir este episódio do Papo na Nuvem na íntegra, que está repleto de informações e discussões acerca das regulamentações.

    Você pode dar play no episódio abaixo ou escutá-lo na sua plataforma de podcasts preferida!

     

     

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